Λ Fatos Históricos
Sociedade Espartana – A mulher Podia Cometer Adultério!!!
Mesmo para os turistas do Império Romano, gente mais do que acostumada a espetáculos sangrentos, aquela era uma atração especial.
O sucesso era tanto que, por volta do ano 200 da nossa era, até a construção de um anfiteatro em volta do templo foi autorizada, para que os visitantes pudessem acompanhar cada detalhe do ritual.
Um adolescente nu tentava apanhar o queijo depositado sobre o altar da deusa Ártemis, enquanto um dos sacerdotes o chicoteava sem dó, fazendo o sangue espirrar no altar.
O jovem que aguentasse mais era saudado como campeão – isso quando tinha a sorte de sobreviver à cerimônia. Os estrangeiros provavelmente deixavam o anfiteatro romano muito satisfeito: tinham testemunhado um legítimo costume da lendária Cidade-Estado de Esparta.
Para muita gente, a imagem de um adolescente torturado resume à perfeição o significado de Esparta para a história. Na escola, aprendemos que, entre as cidades gregas de 2500 anos atrás, Atenas foi o berço da democracia e da liberdade de pensar e criar que valorizamos tanto, enquanto os espartanos viviam sob um regime totalitário, cuja única preocupação era a guerra, e submetiam os jovens ao treinamento militar mais desumano do planeta. Desse ponto de vista, passar de superpotência grega a parque temático sadomasoquista teria sido um destino mais do que merecido.
Acontece que, assim como a visão dourada de Atenas, essa imagem dos espartanos não passa de caricatura. Embora também esteja repleto de erros históricos, o filme 300 acerta em cheio ao mostrar que, sem a liderança dos espartanos, a Grécia e talvez boa parte da Europa teriam virado mera província do Império Persa, com consequências imprevisíveis para o mundo de hoje. (ver 300 de Esparta – A guerra Filme x História) Em quatro grandes batalhas contra os persas, os espartanos ajudaram a proteger o que seria a origem do mundo ocidental.
Por mais estranho que isso
soe agora, Esparta esteve entre as primeiras cidades gregas a criar um governo
constitucional, onde todo cidadão era igual diante da lei, e seus exércitos
foram vistos como libertadores perto da ambição de Atenas.
Guerreiros
Para manter as conquistas e o sistema político, todo cidadão de Esparta passou a ser preparado desde pequeno para ser um supersoldado. O treinamento era conhecido simplesmente como agogué (“criação”, em grego).A única descrição da agogué que temos é do ateniense Xenofonte, que escreve tarde, por volta do ano 400 a.C. Segundo Xenofonte, os testes começavam no nascimento: os bebês eram lavados com vinho e levados aos anciãos de seu clã para inspeção. Os disformes ou fracos demais eram abandonados para morrer. (Até aí, nada de mais: todos os gregos praticavam o infanticídio em situações parecidas).
Os meninos ficavam até os 7 anos com a mãe; depois, passavam a ser criados em pequenos grupos por um supervisor, dormindo em barracões, aprendendo a cantar, dançar (exercícios adequados para se acostumar ao ritmo da marcha militar), ler e escrever.
Alguma semelhança com a raça pura Ariana? Supersoldado, treinamento desumano, menos para eles que não conheciam outra realidade exceto a que viviam, ou seja, agogué – Criação de máquinas para guerrear, sem emoção, sentimento, remorso, nada!!!
Quando
chegava a adolescência, o cabelo dos garotos era raspado. Eram obrigados a usar
apenas um manto leve, fizesse chuva ou sol, e a andar descalços o tempo todo.
Recebiam pouca comida; podiam complementar a dieta roubando, mas, se fossem
apanhados, levavam uma surra terrível. As chibatadas às vezes vinham em rituais
religiosos, como o descrito no primeiro parágrafo deste artigo.
Aprendiam a
falar só o essencial – daí a expressão “laconismo”, derivada da Lacônia, por
causa do nome Lacônia, o símbolo gravado nos escudos espartanos era a letra
lambda maiúscula – Λ ) .
“Seria mais fácil ouvir as vozes de estátuas de pedra do
que as daqueles rapazes”, afirma Xenofonte. Os jovens praticavam a dança e o
canto, em cerimônias elaboradas que simulavam os movimentos da guerra.
Relacionamentos amorosos entre adolescentes e rapazes mais velhos eram comuns e
até incentivados – os adultos eram considerados mentores dos mais novos.

Além disso –
junto com os outros privilégios da cidadania, como votar – só era possível
quando ele fazia 30 anos. Uma última obrigação o acompanhava pelo resto da
vida: fazer diariamente as refeições com sua unidade de combate, geralmente
formada por 15 guerreiros espartanos. O prato principal costumava ser a
intragável sopa negra, feita com cevada, sangue e carne de porco.
Esse sistema
tornava os espartanos resistentes e corajosos, mas sua principal função era
criar espírito de equipe. A lenda de que os soldados de Esparta nunca se
rendiam ou recuavam é balela: não havia vergonha nenhuma em baixar as armas se
essa fosse a ordem do rei ou do general.
Abandonar os companheiros é que era
considerado intolerável, porque um escudo a menos na formação significava expor
todo mundo ao risco de morte.
Não havia glória maior do que tombar na linha da
frente, morrendo lado a lado com os companheiros: essa, para os espartanos (e
para a maioria dos outros gregos) era a “bela morte”. Mas eles só agiam como camicazes quando não havia outra escolha.

Xerxes, ao contrário
do que se diz em 300, não era a versão metrossexual do capeta. Em parte, o
governo do Irã tem razão em ficar fulo da vida com o filme, como afirmou em
nota oficial no começo de março. O domínio persa poderia até ter posto um fim
nas eternas briguinhas fúteis entre cidades, que eram a praga da vida grega
(pelo menos em termos de progresso econômico). Ao mesmo tempo, porém, ele teria
encerrado o primeiro grande experimento de liberdade política e de pensamento
da história, forçando os gregos a se curvar a um Grande Rei todo-poderoso.
Democrática ou não, Esparta jamais aceitaria o domínio de um só homem que
estivesse acima da lei – e se dispôs a lutar para que a Grécia não sofresse
esse destino.

As mulheres espartanas.
1. As
mulheres espartanas recebiam boa educação em arte e atletismo, as espartanas
corriam, lutavam boxe, e faziam luta livre, ademais do lançamento de dardo e de
disco, natação, ginástica e dança.
2. As
mulheres espartanas eram encorajadas a desenvolver o seu intelecto.
3. As
mulheres espartanas eram donas e mais de um terço da terra.
4. Havia
menos diferença de idade entre maridos e esposas, e as mulheres espartanas
casavam-se com uma idade mais avançada do que as atenienses.
5. Os
maridos passavam parte do tempo com outros homens em alojamentos militares e,
uma vez que os homens raramente estavam em casa, as mulheres eram livres para
se encarregar de quase tudo o que existia fora do exército.
6. As mães
criavam os filhos até à idade de 7 anos, momento em que a sociedade se
encarregava deles. Os pais desempenhavam pouco ou nenhum papel na criação dos
filhos.”
7. As
mulheres espartanas eram livres para praticar o adultério, desde que, o amante
fosse mais alto e mais forte que o marido, caso contrário, seriam punidas com a
morte, podendo engravidar de qualquer esparciata, conforme a lei, mas o filho
desta seria considerado filho do seu marido.
- Após
vários estudos aquilo que nos foi ensinado nas aulas de história sobre Esparta
como por exemplo o famoso trecho abaixo:
A um
espartano chamado Geradas, um forasteiro lhe perguntou que pena se aplicava em
Esparta aos adúlteros. Geradas lhe respondeu: “Entre nós, ó hóspede, não os
há.” E o estrangeiro insistiu de novo: “E caso houvesse?” Geradas respondeu:
“Pagam um touro tão grande, que por cima do Taigeto beba do Eurotas”. O
forasteiro, confuso, disse: “Como pode haver touro tão grande?” Geradas sorriu:
“E como pode haver um adúltero em Esparta?”
- Sim o
adultério era permitido em Esparta desde que o amante fosse geneticamente
superior ao marido, ou seja, para eles se fosse mais alto e mais forte, outro
caso, era quando a esposa não engravidava e seu marido vai ficando velho, é
permitido a escolha de uma varão vigoroso para que desse continuidade a
procriação de novos soldados, os filhos eram criados pelo casal como se nunca
tivesse existido uma terceira pessoa, o marido assume o filho como seu e o cria
junto com a esposa até os sete anos quando é entregue ao estado, para o caso
dos meninos.
Também era muito comum relações sexuais entre mulheres, como o
marido passava mais tempo nos alojamentos e a quantidade de mulheres era muito
superior à de homens, acontecia com certa frequência o contato entre mulheres.

Casamento
As
espartanas eram preparadas, desde pequenas, para o parto e para a etapa na qual
seriam mães, ensinando-lhes a maneira correta de educar um pequeno para que
chegasse a ser um verdadeiro espartano.
Durante essa aprendizagem, as
espartanas muitas vezes atuavam como babás e assim adquiriam experiência para
quando elas recebessem a iniciação da maternidade.
Contraíam matrimônio a
partir dos 20 anos, e não se casavam com homens que as superassem muito em
idade (como sim sucedia no resto da Grécia), mas sim com homens de sua idade ou
5 anos mais velhos, ou mais novos, que elas no máximo, já que a diferença de
idades nos membros de um matrimônio estava muito mal vista – pois sabotava a
duração da etapa fértil da parelha.
No
matrimônio espartano, pois, podemos ver como a mulher espartana era elevada à
categoria de ideal divino e não era entregue por seus pais a um homem escolhido
por eles (como no judaico ritual moderno do matrimônio, que converte a
prometida em mercadoria tribal), mas sim que o varão valoroso tinha que
ganha-la. De fato, em Esparta não estava permitido que os pais tivesse a ver
com os assuntos maritais dos seus filhos, mas sim que era a própria parelha a
que decidia sua união. Se deixava claro que para possuir a uma mulher da
categoria das espartanas não valiam a riqueza, o consentimento paterno, os
arranjos matrimoniais, a dialética, a sedução ou as palavras falsas; era
necessário impressionar e arrasar, ser robusto e nobre, ser geneticamente digno
e capaz de arrebatar.
Mesmo assim,
a cerimônia espartana de matrimônio – sombria e quase sinistra em sua direta
crueza – é o cúmulo da sociedade ariana guerreira-patriarcal, e uma das mais eloquentes
e desagradáveis expressões do patriarcado que regia na própria Esparta.
Esparta
quis instaurar a paranoia militar e o ambiente de guerra perpétua até no
matrimônio! Do mesmo modo que as crianças tinha que procurar sua comida
mediante o saque e a rapina, como simulando estarem em zona inimiga, os homens
adultos deviam também conquistar a sua escolhida como se encontrassem em
território hostil: “raptando-a”, em memória de uma época dura e perigosa que
não era amável com o romantismo e com os apaixonados, e na qual os apaixonados
estavam cercados pelo perigo.
Isso patenteia o pouco que tinham a ver os pais
em uma trama assim: em tempos antigos, caso fosse negado o consentimento ao
matrimônio, o jovem realizava uma incursão audaciosa e, com a cumplicidade de
sua prometida, a “raptava”.
Após o
ritual, a noiva era levada para a casa de seus sogros. Ali sua cabeça era
raspada e ela era vestida como homem. Depois, era deixada em um cômodo às
escuras, à espera que chegasse o noivo.
Tudo isso é extremamente difícil de
compreender para uma mente ocidental moderna, e não é sob este ponto de vista
que devemos tentar entende-lo, mas sim situando-nos na época e tendo presentes
que tanto espartano como espartana pertenciam a uma Ordem.
Essa última fase –
totalmente sórdida – servia para inculcar nos recém-casados a noção de que a
clandestinidade e a discrição de sua relação não havia terminado, e que ainda
não haviam ganho o direito a desfrutar de um matrimônio normal. Para a mulher,
implicava iniciação, sacrifício e nova etapa. Era despojada de sua consciência
sedutora e de seus dotes de sedução. Para o homem, era benéfico para que se
apreciasse o que realmente importava em sua mulher: não a roupa, não os cabelos
ou os adornos, mas sim seu corpo, seu rosto e seu caráter. Além do fato que os
homens durante o período de treinamento também mantinham relações homossexuais,
geralmente com seu instrutor e superior direto, como até o matrimônio ele não
conhecia nada mais que o corpo e o cheiro, a espartana, além de se vestir como
homem também tinha cheirar como um e assim evitar qualquer desconforto ao
marido que já estava acostumado a ter relação com homens, Levar a cabo um ato
nessas condições tétricas e absolutamente hostis ao romantismo e à excitação
sexual era tanto para o homem como para a mulher o menos estimulante
imaginável, de modo que se acostumavam paulatinamente às sensações físicas
derivadas do ato sexual, porém sem estímulos psicológicos adicionais tais como
uma aparência mais feminina na mulher, e um entorno mais amável, estímulos que
tendem a boicotar a resistência do varão, fazendo com que se abandone ao prazer
e se durma nos loureiros.
Essa sinistra entrada em cena era pouco
estimulante sexualmente em curto prazo, porém por outro lado era muito
estimulante em longo prazo, de uma forma extremamente sutil: pouco a pouco, se
insuflava nos corações dos amantes a nostalgia e o desejo por aquilo que ainda
não lhes era ainda permitido.
Assim, para quando já havia crescido na mulher
uma abundante cabeleira, e a pseudo-clandestinidade da relação se havia
dissipado com o tempo, tanto homem como mulher eram adultos bem experimentados
que sabiam o que queriam e que, a pesar disso, não haviam sofrido míngua
nenhuma em seu desejo sexual, mas sim ao contrário, estavam mais que nunca
plenamente preparados para saber apreciar e aproveitar o que supunha uma
relação física livre e saudável.
