A Virgem do Poço,
O Sanfoneiro Que Tocava Para Os Mortos,
A Condessa de Sangue.
Na noite seguinte, a partir do fundo do poço veio uma voz de mulher.
A esposa de Harima estava grávida, e quando ela deu à luz seu filho estava faltando o dedo médio de sua mão direita.
Naquela noite, o santo homem esperou dentro da casa. Ele esperou pacientemente enquanto o fantasma da donzela Okiku contava, ao ouvir “8 … 9 …” e, em seguida, de repente, ele gritou: “DEEEEEEEEEZZZZZZZZZZZZ”
O Sanfoneiro Que Tocava Para Os Mortos,
A Condessa de Sangue.
Fala galera Terror na Veia,
essa Semana, primeira Sexta Sombria do Ano, desejo a todos um Ano Novo Maravilhoso !!!
Mantendo o formato que adotado
onde primeiro falamos de um dos contos que publiquei na comunidade Terror Amino
– Terror Under The Bed!!! Eu venho escolhendo o conto mais votado por toda galera de lá e essa semana o mais votado foi O Sanfoneiro Que Tocava Para Os Mortos.
Podem acessar o link diretamente aqui se quiserem e baixar o aplicativo também.
O Sanfoneiro Que Tocava Para Os Mortos
O conto a seguir é um relato
sobrenatural, que segundo seu autor, realmente ocorreu.
Essa é a história do Tião
Sanfoneiro. Tião tocava sanfona como ninguém capaz de embalar as pessoas
durante a noite inteira em qualquer baile de sua região.
Além de ser bom no instrumento,
Tião também era ótimo para prosas durante as noites em torno da fogueira. Foi
em uma delas que ele nos contou sobre sua curiosa aventura sobrenatural.
Ao ser questionado sobre o
motivo de sua orelha esquerda ter aquela deformidade, como se tivesse um pedaço
da ponta superior arrancada, Tião contou que quando era mais novo costumava
treinar as modas da sanfona tocando em um cemitério próximo a sua casa.
Fonte: amandaduarteb.files.wordpress.com |
Ele ficava horas tocando até
que após alguns meses aprendeu a tocar bem e decidiu não ir mais treinar no
cemitério, pois estava pronto para se apresentar em alguns bailes. E assim o
fez.
Passada algumas noites Tião
passou a ter aterrorizantes pesadelos! Ele sonhava com uma voz grotesca que
dizia:
- Tião... Ô Tião... Tião...
Por que você não toca mais para a gente?
Ele acordava assustado e com
o corpo todo suado.
Na noite seguinte ocorreu o
mesmo sonho com a mesma voz...
- Tião... Ô Tião... Tião...
Por que você não toca mais para a gente?
Depois de uma semana, já com
medo da hora de ir dormir, Tião teve um sonho diferente! Mais amedrontador
ainda. Nele Tião, além de ouvir a voz, ainda pode ver o dono dela. Era um
espírito, um fantasma que vestia uma farda antiga de um exército qualquer e
aparecia no meio da escuridão o chamando incansavelmente:
- Tião... Ô Tião... Tião...
Por que você não toca mais para a gente? Estamos sentindo a sua falta no
cemitério...
Tião acordou assustado, corpo
suado e tremendo de medo. Agora sabia o que estava acontecendo: as almas
penadas queriam que ele fosse tocar novamente no cemitério. Inconformado ele
disse para si mesmo que não voltaria a tocar naquele lugar.
Porém os pesadelos
continuavam cada vez mais fortes. Logo após dormir ele ouvia te a voz lhe
chamando até que uma noite , após ele acordar assustado, Tião abriu seus olhos
e viu a mesma aparição de seus sonhos ao seu lado na cama.
- Vamos Tião... Os outros
mandaram eu vim lhe buscar... Vamos...
Tião morava sozinho e num
lugar afastado logo não adiantaria gritar, então decidiu fechar os olhos,
talvez ainda estivesse sonhando.
Foi ai que sentiu uma força
descomunal o puxando da cama e o fazendo cair no chão.
Tião sem saber o que fazer
olhou para a criatura que o chamava. Pensou que teria que atender aquele
pedido. Então colocou a sanfona nas costas e caminhou atrás daquela alma
desencarnada até o cemitério onde tocou até um pouco antes de amanhecer. Lá ele
conseguia ver todos os espíritos em volta dele escutando sua música. O
sanfoneiro tremia de medo, mas se esforçava para continuar tocando.
Tal fato estava ocorrendo por
todas as noites durante um mês. Tião já não dormia ou comia direito
aterrorizado por ser obrigado a tocar para os mortos.
Até que um dia Tião encontrou
seu compadre em uma visita a cidade, após ser questionado pelo motivo de estar
tão debilitado, ele acabou contando a maldição que estava vivendo.
Então seu compadre o
aconselhou para se banhar com a água benta da igreja. Ele disse que se ele
passasse a água benta em todo o seu corpo ficaria invisível para as almas
penadas que não o obrigariam mais a ir tocar no cemitério.
E assim Tião o fez! Ele
encheu algumas garrafas de água benta na igreja, levou para casa e passou o
liquido por todo o seu corpo. Porém, num momento de descuido, esqueceu-se de
banhar parte de sua orelha esquerda.
Logo à noite Tião amedrontado
tremia sob o lençol, ansioso sobre a possibilidade de se livrar definitivamente
da maldição que estava vivendo. A voz surgiu quase em seguida.
Tião permaneceu quieto,
suando frio e tremendo de medo...
- Ô Tião onde está você?
Parecia que realmente o
espírito do morto não conseguia vê-lo. Tião via a criatura ao lado de sua cama,
mas parecia que ela não sabia que ele estava ali deitado...
- Parece que o Tião foi
embora. - disse a alma penada. Mas a orelha dele ainda ficou aqui... Vou
leva-la para que os outros acreditem que Tião se foi.
E num gesto agarrou a orelha
de Tião , e com uma força descomunal, puxou parte dela arrancando todo o pedaço
que estava exposto...
Depois dessa noite Tião nunca
mais teve que tocar para os mortos no cemitério, mas até hoje mantém a cicatriz
na sua orelha que falta um pedaço como se tivesse sido arrancada. Segundo ele
esta é a prova sobre a veracidade da história onde ele passava a noite tocando
para os mortos...
Créditos para Luciano baseado
em um conto popular.
Artigo Sombrio e Real.
Nascida em 1560 e morrendo em
1614, a Condessa Elizabeth Báthory de Ecsed era uma condessa da família ilustre
de Báthory da nobreza no reino da Hungria.
Ela foi rotulada “A maior
serial Killer da história”, embora o número de assassinatos é debatido, e é
lembrado como a “Condessa de Sangue.”
Ela era a infame assassina em
série da Hungria.
Ela usou para matar camponesas através de espancamentos
graves, queimaduras, mutilação de partes do corpo, chegava até mastigar o rosto,
porém o mais terrível era ela drenar completamente o sangue da camponesas
virgens para se banhar e assim manter sua juventude eterna.
Como se tratava de uma
parente da família real seu castigo foi ficar presa na torre mais alta do seu
castelo até o dia do seu falecimento.
Mas quem foi a Condessa de Sangue ?
Foi uma nobre húngara chamada
Erzsébet Báthory (aportuguesado para Elizabeth ou Isabel) que é suspeita de ter
torturado e matado com requintes de crueldade mais de 650 pessoas. Nasceu em 7
de agosto de 1560, na Hungria, em uma das famílias mais abastadas da época.
Elizabeth foi criada em um castelo da família, usufruindo de uma educação
privilegiada. Foi alfabetizada em húngaro, latim e alemão numa época que era
comum analfabetismo até mesmo entre os nobres. Era muito bonita e sofria de
ataques epiléticos na infância, que logo cessaram. Prometida desde os 11 anos,
casou-se aos 15 com o conde Ferenc Nádasdy, foi uma boa mãe para seus 3 filhos
e posteriormente ganhou a alcunha de Condessa de Sangue.
A família Báthory já contava
com alguns registros de sadismo e outras
disfunções mentais, resultado de
inúmeras relações incestuosas, mas nenhum chegou aos pés do sadismo e loucura
de Elizabeth. Embora muitas evidências
culpem a Condessa pelos assassinatos e torturas.
Seu marido era militar, o que
conferia a ele muitas viagens. Sozinha num castelo que significava praticamente
o governo de um terço da Hungria, a Condessa passou a exercitar cada vez mais
sua loucura. Na época, era normal maltratar os servos, mas os atos de Elizabeth
foram considerados atrozes até pelos seus contemporâneos.
Punia os empregados com
surras extremas, alfinetes sob as unhas e outras partes sensíveis, remoção de
dedos e até chegava a colocar o empregado na área externa, nu, no gelo, e o
banhava com água gelada até a morte.
Qualquer um que infringisse
as normas da casa (que incluíam nunca deixar cair nada) sofria. Ás vezes ela
mesma quebrava uma regra só para poder culpar e torturar. Dizem que, certa vez,
com as próprias mãos, ela abriu a boca de uma serva até os cantos da boca
rasgarem.
Mas o marido acabou
descobrindo.
O que ele fez?
Ajudou !!!
Ele a ensinou a embeber um
servo em mel e deixa-lo ser devorado vivo por insetos.
Ficou viúva em 1604, o que
agravou seu quadro de insanidade. Suas torturas ficaram piores. Muito piores.
Sem o marido, ela arrumou cúmplices, entre eles um demente mental chamado
Ficzko, que escondia os cadáveres e auxiliava na manipulação das máquinas de
tortura. Lembrando que suas vítimas permaneciam vivas durante os atos, tais
como:
- remover os intestinos
lentamente;
- arrancar a pele;
- fazer enxertos de pedaços
de cadáveres no corpo da vítima;
- atravessar o corpo deles
com lâminas;
- castrar;
- queimar genitálias com
tochas;
- mergulhar rostos em óleo
fervendo;
- esmagar cabeças;
- costurar bocas e narizes;
- matar de fome;
- usar uma máquina hidráulica
para esmagar a pessoa e se banhar nos fluídos restantes.
Corria o boato de que, ao
espancar uma empregada até a morte, o sangue da jovem escorreu na mão de
Elizabeth. Ao limpar, ela achou que sua mão estava mais jovem. Então teve a ideia:
construiu, no calabouço do castelo,
uma gaiola suspensa que, ao invés de
barras, tinha lâminas. Ela prendia alguma jovem virgem e nua numa gaiola, se deitava
numa banheira abaixo e ordenava que, com uma lança, Ficzko furasse a menina. Ou
pela lança ou pelas lâminas, a vítima se cortava e o sangue escorria sobre o
corpo da condessa, que acreditava manter assim sua beleza e juventude eternas.
Acredita-se que o declínio de
Elizabeth deu-se por conta de uma parceria com a viúva Erzsi Majorova, que
convenceu-a a matar virgens nobres e beber seu sangue. De empregados ninguém
sentia falta, mas de nobres sim.
As investigações começaram em
1610 e ela foi presa no final do mesmo ano. Não foram encontradas provas
concretas dos assassinatos ou das torturas, somente testemunhos e o diário de
Elizabeth, que continha mais de 650 nomes de supostas vítimas, como se tratava da
letra da Condessa o diário foi utilizado como prova.
Os cúmplices foram
condenados:
Ficzko foi decapitado, Erzsi
teve seus dedos amputados e foi jogada viva numa fogueira.
A condessa Báthory foi
condenada a cárcere perpétuo em seu próprio quarto, com portas e janelas
vedadas. Seu corpo foi encontrado três anos depois, rodeado de pratos de comida
intactos.
O então rei húngaro Matias II
proibiu que se mencionasse seu nome nos círculos sociais, sendo que sua
história só foi reavivada cem anos mais tarde, quando os documentos do
julgamento foram descobertos.
A história da Condessa de
Sangue fomentou também a crença nos vampiros, além de um suposto parentesco
dela com Vlad o Empalador!!!
Essa história já foi contada e recontada tantas vezes que acabou virando filme, veja abaixo o trailer e o link com o filme completo e dublado.
Em 2008 a cineasta Juraj
Jakubisko lançou o longa A Condessa, contando a história de Báthory. Veja o
trailer:
Clique abaixo
Lendas Urbanas
A Virgem do Poço
Existem duas versões tradicionais que são contadas até hoje no Japão para A Virgem do Poço, por isso iremos contar as duas, peço para que coloquem nos comentários, qual das duas versões vocês mais gostaram, combinado!
A Primeira Versão.
Okiko era de uma família humilde, ela sofria assédios diários de seu Mestre, mas Okiko sempre conseguia manterse longe de seus braços.
Um dia cansado e tantas recusas Tessan arquitetou um plano sórdido para que Okiko se entregasse a ele.
Num certo dia Tessan deu uma sacola de moedas para Okiko contendo “9” moedas de ouro Holandesas, mas dizendo que lá haviam “10” e deixou ao cuidados de Okiko, para que ela as guardasse por um tempo.
Passado alguns dias Tessan pediu as “10” moedas de volta e Okiko ao constatar que só haviam “9” as contou, várias e várias vezes, para ver se não havia algum engano assim Tessan se mostrou furioso com o “sumiço” de uma de suas moedas de ouro e falou que a perdoaria por ter perdido uma das das moedas, porém para obter esse perdão por tamanho erro! Okiko deveria aceitar ser tê-lo como marido e como sua esposa todo o ocorrido seria esquecido e sua honra restaurada.
Okiko pensou e decidiu que preferia a morte do que ter que se casar com seu mestre.
Tessan, tomado por uma incrível fúria agarrou a bela e jovem Okiko e jogoua de uma só vez no poço de sua propriedade e assim Okiko morreu.
Algumas noites após a morte
de Okiko, seu fantasma
perturbado aparece no poço,
com ar de tristeza, com a sacola de moedas, tirava uma a uma e as contava até chegar
a nona moeda quando dava um melancólico suspiro e aos poucos sumia como uma
névoa desaparecendo aos poucos.
Esse evento sobrenatural e sombrio passou a ocorrer todas as noites, e noite após noite o fantasma de Okiko aparecia e contava as moedas, novamente ao perceber que a última era a nona moeda, novamente suspirava melancolicamente e desaparecia na noite.
Tessan assistiu a aquela cena todas as noites, noite após noite, e torturado pelo remorso pediu ajuda a um amigo para dar fim a aquela terrível maldição.
Então seu amigo disse que resolveria o problema na próxima noite, e assim na noite seguinte ficou escondido entre os arbustos perto do poço.
O amigo de Tessan esperou, esperou e esperou o fantasma da jovem Okiko aparecer para dar fim ao eterno sofrimento da sua alma.
Quando o fantasma novamente chegou a nona moeda, o rapaz escondido, jogou mais uma moeda holandesa e gritou:…DEEEZZZZZZ !!!
O fantasma de Okiko dessa vez deu um suspiro de alívio e nunca mais apareceu.
A segunda versão.
Antes ela fez sua jornada para Akasaka em Edo em 1626. Depois disso, outro prédio foi construído nesse terreno que foi a casa do senhor Aoyama Harima.
Na casa de Aoyama uma jovem chamada Okiku trabalhou como serva.
No segundo dia do segundo ano de Joo (2 de janeiro de 1653), Okiku acidentalmente quebrou uma dos dez pratos preciosos que eram a herança do clã Aoyama.
A esposa de Harima ficou furiosa, e disse que para compensar a perda do prato precioso que Okiku tinha quebrado um dos seus dez dedos deveria ser cortado em troca.
Então a esposa de Harima escolheu o dedo médio da mão direita e mandou prender Okiku no porão até o castigo merecido, como forma de pagamento de um item tão precioso.
Durante a noite, Okiku conseguiu escapar de suas amarras e fugiu do porão.
Ela correu para fora da casa o mais rápido que pode, olhando para trás o tempo todo verificando se estava sendo perseguida, continuou a correr e correr até tropeçar e cair em um poço da propriedade, se afogando no fundo do poço.
Na noite seguinte, a partir do fundo do poço veio uma voz de mulher.
Foi ecoando uma voz sombria, aterrorizante, que bem lentamente foi se aproximando da mansão, em seguida todos começarem a sentir um frio de congelar os ossos
A voz começa a contar “1 … 2 …” Logo, o som de sua voz pode ser ouvido ecoando por toda a mansão, contando os pratos. Todo mundo estava tão aterrorizado que seus cabelos se arrepiavam e ficavam com seus olhos arregalados.
A esposa de Harima estava grávida, e quando ela deu à luz seu filho estava faltando o dedo médio de sua mão direita.
Logo a seguir correram as notícias deste terrível acontecimento, chegando até a Corte Imperial, dizendo que a família Aoyama estava amaldiçoada!
Foram então forçados a entregar ao Império todas as suas terras e pertences de valor.
O som da contagem dos pratos continuou. A Corte Imperial realizou cerimônias especiais para acalmar o espírito de Okiku, mas tudo em vão. Por fim, eles enviaram um homem santo para a limpeza do espírito.
Naquela noite, o santo homem esperou dentro da casa. Ele esperou pacientemente enquanto o fantasma da donzela Okiku contava, ao ouvir “8 … 9 …” e, em seguida, de repente, ele gritou: “DEEEEEEEEEZZZZZZZZZZZZ”
“Oh, como estou feliz” e em seguida desapareceu.
* * *
Galera não esqueçam de colocar nos comentários, qual das duas versões vocês mais gostaram, se é que gostaram!!!
Gostando peço para curtir no G+1 e me seguir, assim ficarão sabendo das novidades que eu for postando.
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