Curiosidades
Um novo terremoto, desta vez de magnitude 6,6 na escala Richter, abalou a cidade de Nórcia, na região central da Itália, neste domingo. Por enquanto não há registros de mortes, mas diversos locais ficaram destruídos.
O abalo vem apenas dois meses depois de outro bem mais
devastador que matou pelo menos 300 pessoas e deixou centenas de desabrigados
na mesma região - afetando principalmente a cidade de Amatrice.
Na semana passada, o país registrou outros tremores,
mas sem maiores consequências.
Mas por que tantos terremotos acontecem em solo
italiano?
Drogas,
contrabando e milhares de pessoas: um dia na fronteira terrestre mais
movimentada do mundo
Em 1908, estima-se que ao menos 70 mil pessoas
morreram quando um tremor de magnitude 7,2 atingiu a cidade siciliana de
Messina, onde um tsunami, também associado ao abalo, deixou a região em uma
situação desesperadora. Em 1915, houve outro, em Avezzano, que deixou pelo
menos 30 mil mortos e uma cidade arrasada. Dali em diante, foram muitos abalos
sísmicos que fizeram a história do país.
Especialistas acreditam que os terremotos
influenciaram tudo na Itália, desde a distribuição da população, adaptação da arquitetura
até o dialeto falado em diferentes partes do país. E trata-se se uma influência
muito bem documentada.
Cada vez que um terremoto destrói uma igreja, os
moradores insistem em reformá-la ou reconstruí-la e isso acaba sempre
registrado em livros - que se mostraram uma rica fonte de informações para os
cientistas que tentam entender a história sísmica da Itália.
Histórico de terremotos
Em grande escala, os problemas sísmicos que abalam o
país podem ser analisados no contexto de uma grande colisão das placas
tectônicas africana e euroasiática na região. Mas quando observamos a situação
da Itália em detalhe, vemos que o motivo de haver tantos terremotos ali é um
pouco mais complexo.
A placa da África tem se movimentado todos os anos
cerca de 2 cm para o norte. Sendo assim, a Itália tem experimentado movimentos
complexos no maior estilo "cabo de guerra".
O Mar de Tirreno, que se encontra a oeste do país,
entre o continente e Sardenha/Córcega, está abrindo pouco a pouco.
Segundo os especialistas, isso está contribuindo para
uma separação dos Montes Apeninos, a cordilheira que se estende por todo o país
- ela estaria se movendo cerca de 3mm por ano.
Adicione-se a isso os movimentos no Adriático, onde há
evidências de que a crosta da terra continua se movendo em um sentido
anti-horário sob a Itália. Ou seja, o país está sendo literalmente empurrado e
puxado por todos os lados.
"Os Apeninos também são muito altos, a crosta é
muito espessa lá e há um processo de colapso gravitacional", disse Richard
Walters da Universidade de Durham, no Reino Unido.
"Então, há uma disseminação da cordilheira dos
Apeninos, que também leva à extensão - o tal movimento do cabo-de-guerra - e,
portanto, aos terremotos".
Primeira romancista de Moçambique diz não ter
liberdade para escrever como um homem: 'Somos prisioneiras'
Esses não são tremores colossais como os que
costumamos ver em encontros de placas tectônicas - que normalmente produzem
abalos de 8 ou 9 pontos na escala Richter. Mas conforme a história mostra, os
tremores na região dos Apeninos sempre deixarão seu "rastro" de
miséria.
"Os efeitos são devastadores aqui, porque os
terremotos acontecem na superfície da crosta. E isso é devido à natureza das
falhas", explicou Laura Gregory, que trabalha na região e é da
Universidade de Leeds, no Reino Unido.
"Elas são falhas relativamente pequenas porque
são na superfície, então os tremores são dramáticos loco em cima, onde os
terremotos acontecem."
Previsões
A Itália é um país moderno que está muito bem
preparado hoje em dia para lidar com os terremotos.
Alguns computadores são usados hoje em dia para prever
o número de mortes que terremotos podem deixar - e o de feridos também. Eles se
baseiam em informações sobre a densidade demográfica e em outros códigos de
construção locais.
As previsões são usadas para guiar os serviços de
emergência e para prepará-los antes dos tremores acontecerem.
Se esses números da previsão serão os mesmos da
realidade vai depender da qualidade das construções onde as pessoas estão
dormindo - muitos tremores acontecem na madrugada ou logo cedo, como o deste
domingo.
Os edifícios mais antigos correm mais riscos,
especialmente aqueles que não passaram por reformas para ficarem mais
"resistentes".
Isto Aqui é Feito para vocês, nos ajude a Manter...
Todos da equipe CurioMystery Agradecem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário